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PENTAGRAM - Fabrique Club 30/03/2025

  • Foto do escritor: Ricardo  Bernardo
    Ricardo Bernardo
  • 7 de abr.
  • 4 min de leitura

texto por : Ricardo Bernardo


Na noite do dia 30 de março de 2025, o Fabrique Club, em São Paulo, tornou-se o epicentro de uma celebração do doom metal. Com uma atmosfera carregada de expectativa, o evento reuniu três grandes representantes do gênero: os brasileiros Pesta e Weedevil, e os lendários norte-americanos do Pentagram. O público, uma mistura de veteranos e novos apreciadores do estilo, lotou a casa em busca de uma experiência sonora intensa e imersiva.

Pesta, diretamente de Belo Horizonte, construiu sua identidade musical sobre as bases do doom clássico e do stoner rock setentista.


Com letras obscuras e uma sonoridade densa, a banda bebe da fonte de nomes como Black Sabbath e Cathedral, entregando composições que transportam o ouvinte para um cenário sombrio e ritualístico. Já o Weedevil, surgido em São Paulo em 2019, combina influências de doom e psicodelia em um caldeirão sonoro envolvente.


O grupo, liderado pelo baterista Flávio Cavichioli, tem chamado a atenção pelo peso arrastado de suas composições e pelo impacto visual de suas apresentações. Encerrando a noite, o Pentagram, banda pioneira do doom metal desde os anos 70, retornou ao Brasil para reafirmar sua relevância e deixar claro por que ainda é referência absoluta no gênero.


O primeiro ato da noite ficou a cargo do Pesta, que subiu ao palco envolto em uma penumbra proposital, criando um clima de mistério antes mesmo da primeira nota soar.


A banda entregou um repertório repleto de riffs cadenciados e vocais carregados de emoção, prendendo a atenção do público desde os primeiros acordes. O vocalista Thiago Cruz dominou o palco com uma presença magnética, enquanto os guitarristas desfiavam harmonias pesadas e densas. Destaque para músicas como "Black Death", que ressoou de maneira hipnotizante pelo salão, arrancando aplausos entusiasmados dos presentes. "Witches Sabbath" também foi um ponto alto da apresentação, evocando uma atmosfera sombria com seus riffs soturnos e letras ritualísticas.


Além disso, a inédita "Marked by Hate", do próximo álbum da banda, mostrou que o futuro do Pesta promete ainda mais peso e profundidade.


Setlist do Pesta:

  1. Anthropophagic

  2. Hand of God Passagem de bateria

  3. Marked by Hate (Próximo álbum) Passagem de baixo

  4. Witches Sabbath

  5. Black Death

  6. Words of a Madman


Logo em seguida, foi a vez do Weedevil, que entrou em cena com um jogo de luzes esverdeadas e uma introdução instrumental que mais parecia um chamado ritualístico. A banda soube dosar com maestria momentos de introspecção e explosões sonoras poderosas, criando uma experiência imersiva para o público.



A vocalista Carla Mariane impressionou com sua performance intensa, conduzindo músicas como "Veil of Enchanted Shadows" e "Profane Smoke Ritual" com uma expressividade quase teatral. "Hi, I'm Lucifer" fechou a apresentação de forma impactante, com sua sonoridade densa e arrastada, deixando a plateia em êxtase. "Serpent’s Gaze", que abriu o set, estabeleceu imediatamente a atmosfera soturna que permeou toda a performance, enquanto "Necrotic Elegy" trouxe uma das execuções mais pesadas e vibrantes da noite.



Setlist do Weedevil:

  1. Serpent’s Gaze

  2. Chronic Abyss of Bane

  3. Underwater

  4. Veil of Enchanted Shadows

  5. Profane Smoke Ritual

  6. Necrotic Elegy

  7. Serenade of Baphomet

  8. Hi, I'm Lucifer


Por fim, após as apresentações intensas de Pesta e Weedevil, a expectativa no Fabrique Club atingiu seu ápice enquanto aguardávamos a entrada do Pentagram. O público, uma mescla de fãs de longa data e novos adeptos do doom metal, ansiava por testemunhar a lendária banda norte-americana em ação.




Quando as luzes se apagaram, uma onda de aplausos e aclamações tomou conta do ambiente. Bobby Liebling, figura icônica e carismática, surgiu no palco acompanhado por seus talentosos músicos. Sem demora, iniciaram o espetáculo com "Live Again", demonstrando que a banda continua vigorosa e impactante. "Starlady" veio em seguida, mantendo a energia elevada com sua pegada intensa e cativante.

O setlist meticulosamente escolhido trouxe uma mistura de clássicos e surpresas, incluindo "The Ghoul" e "I Spoke to Death", ambas executadas com maestria e recebidas calorosamente pelos fãs. "When the Screams Come" intensificou a atmosfera sombria, conduzindo os espectadores a um transe coletivo, seguido por "Sign of the Wolf (Pentagram)", que explodiu em riffs marcantes e vocais viscerais.



A apresentação seguiu com "Might Just Wanna Be Your Fool" e "Solve the Puzzle", mostrando a versatilidade do repertório do Pentagram. "Review Your Choices" e "Thundercrest" trouxeram momentos de pura imersão, com um instrumental denso e uma entrega impecável de Liebling. "Walk the Sociopath" encerrou o set principal com um peso arrastado e uma vibração intensa, deixando o público ansioso pelo bis.



O encore veio arrebatador, com dois dos maiores hinos da banda: "Forever My Queen" e "20 Buck Spin". A primeira trouxe um momento quase reverencial, com os fãs cantando cada verso junto com Liebling. Já "20 Buck Spin" foi o fechamento perfeito para a noite, com sua energia explosiva e riffs inesquecíveis.

Setlist do Pentagram:

  1. Live Again

  2. Starlady

  3. The Ghoul

  4. I Spoke to Death

  5. When the Screams Come

  6. Sign of the Wolf (Pentagram)

  7. Might Just Wanna Be Your Fool

  8. Solve the Puzzle

  9. Review Your Choices

  10. Thundercrest

  11. Walk the Sociopath

  12. Forever My Queen

  13. 20 Buck Spin


O público, extasiado, ovacionou a banda, reconhecendo não apenas a qualidade musical, mas também a relevância contínua do Pentagram no cenário do metal mundial. Foi uma celebração autêntica do gênero, onde passado e presente se entrelaçaram harmoniosamente.


Agradecemos ao pessoal da @Tedesco pelo credenciamento.

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